Livros e homens
Quem me conhece sabe que amo ler. Qualquer coisa, na verdade. Também não sou ciumenta com meu livros, se gosto, passo adiante. Sendo assim, entre as muitas histórias chocantes que ouvimos no Free Tour que fizemos por Berlim, uma me marcou especialmente. Em 1933, nazistas queimaram milhares de livros da biblioteca pública na atual Bebelplatz (antiga Opernplatz). Um desses livros, considerados modernos demais ou contra os princípios nazistas, foi do poeta alemão Heinrich Heine, que, em 1821, escreveu algo quase profético: “Aqueles que queimam livros, acambam cedo ou tarde por queimar homens”. A frase está marcada na calçada de Bebelplatz para ninguém nunca mais esquecer.
postado por Renata Sturm às
20:24
1 Comentários:
Sem dúvida, Renata.
Sua apreciação do fato diante dos dizeres e pisando o lugar em que esse ato vergonhoso aconteceu, demonstra que o afã de superioridade (de raça, de cultura, econômica, etc.) produzem a brutalização, a desuminazação e o abuso.
Que sua índole leitora promova o livro mesmo em terras em que, noutro instante da história, ele foi alvo da fúria incontida de gente capaz de influenciar muitos.
A propósito, os livros que vocês deixaram comigo aqui no Brasil renderam além de vendas, a oportunidade de presentearmos alguns amigos cujos olhos brilharam quando os oferecemos.
Abraços do trio brasileiro ainda em formação.
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