sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Na trilha do Laos

Alguém se habilita a cruzar esse rio? Dois ou três dias de trilha no norte do Laos é uma aventura inesquecível. Mata fechada, muita chuva, barro, rios e sangue-sugas.

Esse país praticamente desconhecido, a República Democrática do Laos, surgiu como um pária em nossos planos de viagem. Estávamos no norte da Tailândia, planejando atravessar o Laos por terra como meio de chegar ao Vietnã. Nossa idéia inicial era não gastar mais do que uma semana no país, o que rapidamente se tornou em 17 longos dias. Uma das explicações para isso é a extensa vegetação selvagem espalhada por uma infinidade de montanhas. Viajar por terra não é uma tarefa fácil, mas certamente garantia de aventura. Outra culpada é a cerveja Beerlao, produzida no país e certamente uma das melhores do sudeste asiático.

Logo que cruzamos a fronteira da Tailândia rumo ao Laos decidimos tomar uma rota menos turística seguindo ainda mais para o norte do país, em direção ao parque nacional de Luang Nam Tha. A maioria dos viajantes opta por seguir de barco para o sul numa viagem de dois dias de Huay Xai até Luang Prabang pelo famoso e imponente rio Mekong. Acredito que foi uma boa opção uma vez que o norte do país reserva os melhores lugares para trilhas no meio da floresta tropical. Não apenas a diversidade natural é um dos grandes atrativos dessa região habitada por uma enormidade de diferentes tribos, que ainda preservam traços de uma cultura "primitiva". A verdade, porém, é que essas minorias estão perdendo identidade e autencidade graças a ostensiva presença de turístas como nós. E como turístas significam uma injeção de grana na economia local, eles não parecem tão infelizes com a nossa presença por lá. Entretanto, não deixam de demonstrar irritação frente as lentes das máquinas fotográficas. Não porque tenham o medo primitivo de ter a alma roubada, mas porque estão é de saco cheio mesmo. Uma trilha de dois ou três dias é altamente recomendado!

Após um dia de descanso e de merecida massagem, rumamos para Luag Prabang, um dos destinos mais famosos do Laos. Particularmente, achei que a cidade ficou devendo em termos de atrações turísticas, aventura e vida noturna. O excesso de regulação por parte do governo pode tornar uma visita a cidade em algo realmente maçante. Por isso decidimos encurtar nossa estadia por lá e seguir para a baladeira cidade de Vang Vieng para a prática do "Tubing" (clique aqui para ler o texto da Renata sobre o "esporte" e a cidade). Dois dias rapidamente se transformaram em seis... Há quem culpe o excesso de álcool no sangue, mas a verdade é que a cidade é dona de uma beleza natural exuberante e um lugar perfeito para ficar de pernas pro ar!

P.S.: Por fim, chegamos a capital Vientiane com a esperança de consertar nossa máquina fotográfica, que entregou os pontos após tantas situações climáticas e geográficas extremas, mas sem muito sucesso. Embora seja o centro político e econômico do país, a cidade é bem pequena e a qualidade dos serviços deixa a desejar. Além de não consertarmos a máquina, Renata pegou uma alergia após ser picada por um inseto típico da região. Resumindo, se possível evite passar por lá!

Leia também:
A capital do "tubing" e da ressaca

1 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Ah, não seja tão injusto com Vientiane. Uma das melhores coisas a se fazer nessa pequena capital é relaxar tomando umas beerlao na beira do Mekong. Além disso, lá há o incrivel Pha That Luang (templo dourado) e os outros templos adjuntos que certamente valem uma visita.

19 de fevereiro de 2009 às 04:04  

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