sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Não precisa morrer para chegar ao paraíso

É pura verdade. As fotos paradisíacas das praias da Tailândia que você já viu em sites de agências de viagem não mentem. O litoral sul do país deveria ser a foto ilustração do que a palavra “paradisíaca” significa. Bom, pelo menos eu entendi o sentido completo do termo quando pisei pela primeira vez nas praias e ilhas desse lado do mundo.

Antes da nossa viagem para o sul da Tailândia havíamos lido em nosso guia que a área era capaz de levar às lágrimas. Desacreditados, e conhecendo o lindo litoral da Bahia, pensamos: que exagero! Estávamos enganados. No entanto, possuir um certo nível de ceticismo em uma viagem como a nossa pode ser bem saudável, principalmente para a saúde financeira. Na tentativa de comprar nossa passagem da capital, Bangcoc, para o litoral sul, encontramos um agente de viagens que tentou nos assustar avisando que hotéis estariam lotados por causa da alta temporada e que dificilmente conseguiriamos vagas simplesmente batendo na porta dos hotéis. Claro, tudo uma tentativa de vender os seus serviços. Resolvemos nos arriscar, como a maior parte do tempo. Fizemos a reserva pela internet de um bangalô na beira da praia, por um preço razoável, no dia anterior a nossa ida. Compramos sozinhos uma passagem de ônibus noturno integrada com a balsa que nos levaria para a ilha de Ko Phangan, no sudeste da Taildândia, diretamente na rodoviária sul de Bangcoc. Chegamos tranquilamente na ilha no dia seguinte, enfrentamos a máfia dos taxistas locais (que possuem uma taxa única e salgada) e começamos a curtir o sol que chegou conosco depois de dias de chuvas na ilha. No dia seguinte alugamos uma moto para evitar os taxistas e conhecemos várias praias saindo pela manhã do bangalô com um mapa na mão e planos de simplesmente relaxar. A ilha de Ko Phangan não é uma das mais bonitas da Tailândia, até porque a área paradisíaca fica no outro lado do golfo, no lado que dá para o Oceano Índico. No entanto, o que atrai muitos turistas, principalmente jovens, são as festas que acontecem quase que diariamente. Sendo a mais famosa festa batizada de Full Moon (Lua Cheia) e que acontece na beira da praia.

Nosso próximo destino foi o paraíso. Depois de três dias em Ko Phangan, pegamos outro ônibus com destino a Krabi. O centro da cidade não é nenhuma atração, por isso nos mudamos no dia seguinte para a praia de Aonang, de onde todos os barcos saem para visitar as famosas ilhas próximas. Começamos com o tour das Quatro Ilhas, sentados dentro de um barquinho a motor com mais 18 turistas. De Aonang também compramos um tour de lença para uma das ilhas mais conhecidas da Tailândia, Koh Phi Phi. O local ficou famoso graças ao filme "A Praia" estreado por Leonardo Di Caprio. Ufa! De tirar o fôlego (me refiro à ilha). A ilha de Koh Phi Phi possui uma das hospedagens mais caras da Tailândia, por isso um tour na região tornou-se a opção mais econômica. A ida para as ilhas foi tranqüila. No entanto, na volta, o mar se revoltou e passamos por momentos de muita adrenalina dentro do barco.

Quem quiser fazer um pouco de exercício a recomendação é alugar um caiaque e ir remando até praias que não são acessíveis por terra a partir de Aonang. O mar é calmo o tempo todo. Nada como comer um lanche no caminho sentados solitários sobre uma rocha cercada de água ou sobre uma esteira estendida sobre a areia branquinha. Nadamos, mergulhamos, fomos cercados de peixes coloridos e começamos a entender porque a região foi chamada por uma amiga de “a terra dos casais felizes”. Por aqui não há clima para se discutir a relação. Foi difícil sair de Aonang (e não pela falta de transporte). Mas porque é duro deixar o paraíso.

Motivados pela curiosidade e fama da ilha de Phuket, pegamos uma minivan (transporte mais barato por aqui em comparação à navios ou vôos) e chegamos na ilha em três horas. Se você quer sossêgo, Phuket não deve ser o seu destino. A área é conhecida pelos diversos resorts com praias privadas, vida noturna movimentada e prostituição. Estejam avisados: a mulherada ataca mesmo. E há ainda opções gays. No entanto, nós curtimos estar na praia, rodeados de outros turistas e camelôs vendendo bebida gelada, abacaxi e massagens. Uma opção é a praia de Patong, uma costa muito bonita, com um calçadão e lojas espalhadas por toda a parte. Durante nossa estadia tivemos a sorte de acompanhar o Carnaval local, que não tem relação nenhuma com a nossa idéia da festa. Trata-se de apresentações de música e dança típicas de diversas partes da Tailândia, além de bancas construídas na beira-mar vendendo comida e artesanato. Uma maneira bacana e barata de curtir a praia no fim do dia.

Um dos fatores mais impressionantes dessa viagem ao sul da Tailândia é a falta de qualquer marca da catástrofe que atingiu o litoral no dia 26 de dezembro de 2004. Hotéis, restaurantes, lojas e vidas foram destruídas pela Tsunami. A única lembrança é um memorial às vítimas e as placas de sinalização indicando o refúgio mais próximo caso outra Tsunami aconteça. Segundo um amigo que estava na área na época, depois de poucos dias a população já começava a reconstruir as cidades. Afinal, a economia local é totalmente baseada no turismo. Locais afirmam que muito da beleza natural do litoral tailandês nunca se recuperou. Me pergunto se é mesmo possível um paraíso ser ainda mais bonito.

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1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

eu quero iiiiiiiiiiir!!!

27 de dezembro de 2008 às 13:57  

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