sábado, 26 de julho de 2008

Refúgio dos fumantes

Turcos gostam de sorrir, fazer negócios e possuem uma habilidade incrível de aprender novas línguas. Por essa razão, caminhar pelas ruas de Istambul é um prazer que a maioria dos turistas gosta de estender ao máximo. Prova disso é o que acontece nos albergues locais. Uma reserva de três noites facilmente se transforma em uma semana ou mais. E como turco gosta de fazer negócios, sempre dão um jeitinho. Essa habilidade de vender também é demonstrada no comércio local. As lojas e bares ficam abertos até altas horas, de segunda à segunda. Lotadas de locais e turistas fumando narguilés, o tradicional fumador à base de vapor de água. É possível escolher o sabor, desde a tradicional essência de maçã até o menos popular morango. Aliás, se você é um ferrenho anti-tabagista, poderá se sentir incomodado com a quantidade de fumaça solta nos bares locais. Na Turquia, dos 75 milhões de habitantes, cerca de 25 milhões fumam regularmente, de cigarros à narguilés. Isso significa nada menos que o dobro da média fumada por homens na Europa. No entanto, se depender do presidente da Turquia, Abdullah Gül, isso vai mudar já em 2009. No começo deste ano Gül sancionou a lei que proibirá o fumo em bares e restaurantes, à exemplo do que já vem acontecendo na Europa e até no Brasil. Para alegria dos anti-tabagistas e a desgraça dos fumantes que se refugiavam em terras turcas.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Quem você levaria para uma ilha deserta?

Na ilha de Santorini, a encosta do povoado de Ia, com suas casas no estilo grego tradicional, proporcianam uma visão única.

Pegue um barco e vá curtir uma praia na Grécia. O mais difícil nesse processo será escolher a praia, são mais de 3.000 ilhas, sendo que pelo menos 60 são habitadas. Acredite: é uma escolha difícil. Pegar uma dica com um grego legítimo pode deixá-lo ainda mais confuso. Cada um tem sua ilha-menina-dos-olhos. Entre as mais visitadas por turistas estão Santorini e Mykonos. Sendo que a primeira é a única vulcânica e a segunda, a opção dos mais baladeiros.

Escolhemos Santorini por sua praias coloridas e as pitorescas vilas de casas tradicionais. Praia preta ou vermelha? Você pode escolher à vontade e, é claro, estranhará num primeiro momento ao ver o contraste entre a água cristalina e a praia rochosa. Porém é possível encontrar praias de areia do jeito que nós conhecemos no Brasil em outras ilhas ou nos arredores de Atenas.

Se você decidir ir para a ilha de Santorini esteja pronto para pagar enfrentar 11 horas à bordo de um ferry (navio). Se estiver com mais pressa e com o bolso mais recheado, há a opção encurtar a viagem para cinco ou seis horas em um navio rápido. Mesmo no verão não é difícil encontrar bilhetes, mas se possível compre com um dia de antecedência. Os hotéis e albergues encontrados na ilha preservam a arquitetura do local, prédios pintados de branco, bem simples, mas com um charme incrível. Os preços variam bastante na ilha. Mas é possível encontrar em Perissa -- região onde se encontra a praia negra -- um quarto para quatro pessoas por um preço bem acessível (considerando os padrões europeus), com frigobar, ar-condicionado, toalhas limpas todos os dias e roupa de cama inclusos.

Jantar, almoçar ou sair para beber na ilha é sempre um prazer. Restaurantes familiares e garçons que falam bom inglês são fáceis de encontrar. No entanto, assim como é difícil escolher uma ilha como destino, as diversas opções do cardápio grego podem causar uma daquelas boas dores de cabeça. Tudo é muito colorido e saboroso. Para o estranhamento geral, há poucas opções de peixe e frutos-do-mar. E, geralmente, são os pratos mais caros. Como o típico e delicioso polvo grelhado que é encontrado em uma pequena ilha ao lado do vulcão Arco Egeu.

A ilha
Santorini é uma ilha com vegetação bem seca e o vento bate forte quase o tempo todo. Por essa razão, as vinhas são mantidas rentes ao chão para evitar que se quebrem. Bem diferente dos vinhedos que encontramos no sul do Brasil e, por isso, uma vista obrigatória. É possível cruzar a ilha de moto e realizar um belo passeio carregando um mapa a tira-colo, ou, simplesmente se deixar levar. É difícil se perder. A moto pode ser alugada por qualquer estrangeiro que possua uma carta de habilitação, sem necessariamente possuir a licença para guiar sobre duas rodas. O investimento vale cada centavo, já que o transporte na ilha é escasso e as distâncias são grandes.

Um dos pontos mais visitados na ilha é Ia (ou Oia, em grego), a encosta que ainda preserva a arquitetura das tradicionais casas de pescadores locais. Mas há muito tempo que pescadores não moram por lá. Hoje as pequenas residências servem de casa de praia para gente afortunada ou turistas dispostos a torrar uma boa quantia. A justificativa é simples, o pôr-do-sol em Ia é o mais famoso de Santorini. Centenas de pessoas ocupam os muros e sacadas do bairro para acompanhar o fim do dia ou forrar as sacolas de compras de lembrancinhas.

A cidade
Voltar da ilha para o continente é o momento mais difícil da viagem. Atenas, a capital da Grécia, sofre um pouco com a falta de estrutura para receber turistas. A área mais visitada da cidade, Acrópole, possui poucas placas de sinalização e quase nada de dados históricos básicos próximo das ruínas. A impressão que fica é que existe mais de Atenas entre as quatro paredes de museus espalhados pela Europa -- de esculturas até imensos fragmentos de prédios -- frutos de saques deliberados, do que na quente Acrópole. Quem perdeu as aulas sobre a cultura grega na escola não verá mais do que pedras jogadas no chão. Mesmo assim, Atenas continua atraindo muitos turistas e a colina rochosa que abriga Acrópole fica lotada nos fins de semana. Mesmo sob o escaldante sol de 40 graus. Dois dias é suficiente para explorar os principais pontos turísticos da Grécia Antiga. Isto é, se você não se enquadra na categoria dos amantes de Mitologia Grega.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

"No flash, please!"

Se você é o tipo de pessoa que gosta de visitar museus, saiba que diferentemente dos poucos e pequenos museus brasileiros, em muitos países com tradição nesta área é permitido tirar fotos das obras de arte. Um prêmio para apreciadores de arte e cultura, além dos fotografos profissionais e designers, que podem obter imagens para seus projetos. Certamente a frase que mais ouvimos nesses lugares sai da boca dos muitos fiscais: "no flash, please!". Embora eu não saiba muito sobre o assunto do ponto de vista técnico, aparentemente a luz emitida pelos flashes das máquinas causa danos especialmente em pinturas, acelerando o processo de oxidação das peças. Digo, todo tipo de luz causa danos às obras, ou seja, mesmo as luzes que iluminam as salas dos museus. A questão por traz desse tipo de cuidado reside na preservação de um patrimônio. Razoável! Obviamente, há museus que não levam essa regra tão rigorosamente e permitem fotos com flash.

No entanto, a consciência quanto a conservação das obras de arte não deve ser a única idéia em mente dos visitantes de museus. Do ponto de vista da qualidade da imagem produzida por amadores, o flash é sempre um aspecto negativo em termos de resultado. No caso de fotografos profissionais, dentro de ambientes muito específicos como, por exemplo, estúdios, é possível utilizar equipamentos para produzir uma iluminação adequada que permita captar uma imagem com o máximo de fidelidade em relação às cores originais. Portanto, aqui vão algumas idéias para você tirar o máximo de sua poderosa câmera digital, que ao contário das antiquadas máquina analógicas (com filme!), pode ajudá-lo e muito na produção de melhores imagens amadoras:

1. DESATIVE O FLASH: Em geral, as máquinas digitais tem várias opções de configuração: automática, retrato, paisagem etc. Uma vez que você está num ambiente fechado, a maquina fará uma leitura da iluminação e na maior parte desses casos o flash será ativado automaticamente para corrigir a falta de luz. No entanto, se você desativar o flash, as máquinas digitais encontrarão outros meios de corrigir a falta de iluminação adequada aumentando o tempo de exposição ou a sensibilidade do ISO. Nesse caso, faça um esforço para segurar a máquina o mais firme possível, evitando que a foto saia tremida ou distorcida. Você logo sentirá o efeito nas cores mais agradáveis da imagem e, em muitos casos, a ausência de reflexos normalmente causados pelo uso do flash.

2. USE TRIPÉ: Ok, esta não uma dica muito prática e, em alguns museus, a entrada de um tripé será proibida. De qualquer maneira, há tripés levíssimos e de todos os tamanhos disponíveis no mercado. Com o uso de um tripé, não será preciso aumentar a sensibilidade do ISO. Isso significa uma foto com menos granulação. O tempo de exposição, responsável pelas fotos tremidas, nesse caso será seu grande aliado.

3. ENQUADRAMENTO: Para que a sua foto fique bacana, procure um enquadramento menos conservador. Ao invés que tirar uma foto nos limites da moldura, busque um (ou vários) detalhe da obra que lhe agrade.

4. ÂNGULO: Na maioria das vezes as obras de arte são expostas no nível ou acima da altura dos olhos. Use a distância para regular o ângulo da foto. Quanto mais próximo da obra, maior será a perspectiva, distorcendo a imagem. Isso nem sempre é possível. Porém há outras alternativas como fazer closes ou erguer a máquina sobre a cabeça, diminuindo a diferença de ângulo. Muitas máquinas digitais são equipadas com visores maleáveis. Se for o seu caso, faça uso desse bom recurso.

5. ZOOM: Sempre uma boa alternativa para ajudar no enquadramento, o zoom também pode desempenhar o papel de vilão. Para que isso não aconteça, procure usar apenas o zoom analógico. Embora o zoom digital permita uma aproximação maior, o resultado final será uma grave distorção na qualidade final da imagem. Na tela da máquina pode até parecer ok, mas na tela do computador ou numa possível impressão... pode ser um decepção.

6. EVITE O GRANDE PÚBLICO: Se possível, organize sua visita aos museus em dias e horários menos freqüentados: pela manhã em dias da semana. Se você quer tirar boas fotos, precisará de tempo e espaço. Coisa difícil de descolar num domingo.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Registro para a posteridade...

Agora o blog tem um livro de visitas para o pessoal deixar uma mensagem de apoio! E acreditem ou não, sempre que recebemos recados de vocês junto vem uma carga positiva de motivação. Portanto, deixe de preguiça e clique aqui para acessar o nosso livro de visitas.
Grande abraço,

terça-feira, 8 de julho de 2008

Tchau, tchau vaidade!

Na Europa, pode ter certeza... as mulheres não são tão vaidosas quanto as brasileiras. Ou seja, vindo pra cá, traga o seu "kit estética" .

Descobri o quanto a mulher brasileira é vaidosa quando coloquei minha mochila nas costas e começamos a viagem. Primeiro, porque foi difícil me desfazer da coleção de sapatos de salto fino e bolsas. Fiquei com poucos em comparação com o que tinha, mas muito para uma viagem à la mochileiro. Mas a saga rumo a uma vida sem vaidades estava só começando. Após uma semana viajando, o esmalte da minha francesinha "made in Brazil" começou a descascar. Pensei em procurar uma manicure na Europa, mas desisti de cara quando descobri que o serviço por essas bandas custa entre 20 e 50 euros. Até mesmo quem prefere não comer a ficar sem esmalte na unha vai sofrer um pouco, porque achar uma estética de custo-benefício razoável nesse solo é como achar uma agulha num palheiro. Bem diferente do Brasil, onde existe uma "estética" em cada esquina e até atendimento domiciliar. Solução? Primeiro, tentei eu mesma dar um jeito. Entretanto, meu kit manicure e a prática me mostraram que se eu precisasse trabalhar de manicure, passaria fome.

Agora, que relaxei em relação as minhas unhas e, digamos, estou vivendo um estilo europeu de manicure e pedicure, eis um novo desafio: depilação. Com passagem marcada para a Grécia, onde praia é uma das maiores atrações, respirei fundo e comprei um kit de autodepilação com cera. Após algumas puxadas doloridas, descobri que no meu sangue nao corre nenhum talento para a vida de esteticista. Por isso, quem quiser colocar uma mochila nas costas como eu, tem duas alternativas: deixar a vaidade em casa ou aprender os segredos das profissionais brasileiras.

Leia também: Quando a sua mala não é uma mala

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Suíça: "In Gold We Trust"

Zurique, a capital financeira da Suíça. A cidade também pode ser confundida com a lavanderia do mundo, já que vários bancos privados têm suas sedes por lá.

No Brasil, a Suíça sempre teve aquela imagem de porto seguro dos ricos honestos e dos ricos salafrários. Paraíso fiscal, lavagem de dinheiro, alto padrão de vida etc. sempre colocam esse pequeno país nas novelas e nos noticiários brasileiros. Outro rótulo que persegue a Suiça é a sua neutralidade em uma infinidade de assuntos conflituosos e de interesse geral da humanidade. Por aqui ficam as sedes de organizações como Fifa, COI, ONU e de diversos bancos privados. E mais: embora esteja na Europa, a Suíça não faz parte da União Européia, não adotou o Euro e está sempre a postos para sediar debates de interesse global, sejam políticos, financeiros ou religiosos. Tudo isso reflete um pouco do caráter do suíço típico: elevado padrão educacional, ético e social, o que coloca a Suíça entre os países mais honestos (até quando o assunto é lavanderia) do mundo.

De forma geral, a Suíça é um país extremamente organizado, onde tudo funciona como um reloginho (veja texto da Renata). Politicamente dividida em 26 regiões administrativas, culturalmente ela se reparte em três áreas: germânica (nas fronteiras com Alemanha, Áustria e Liechtenstein), francesa (na fronteira com a França) e italiana (na fronteira com a Itália). Nossa viagem pelo país do chocolate (é possível consumir Lindt a preços populares), do multifuncional canivete, do queijo e dos relógios suíços começou por Zurique, a capital financeira do país. Após um período de descanso na pacata cidade de Winterthur, rumamos para um tour de três dias de trem pelo país.

Saímos numa quinta-feira chuvosa logo pela manhã para Bern, a capital política da Confederação Helvética (nome oficial da Suíça). Uma cidade adorável em que os principais pontos turísticos podem ser vistos em pouco mais de três horas a pé ou de bicicleta. Após o almoço, seguimos para Lausanne, na direção dos Alpes, onde começa uma das regiões mais lindas do mundo. Lá a língua predominante é o francês e a cidade abriga o Museu das Olimpíadas: simplesmente imperdível! Se tiver tempo, vá ao belíssimo cemitério Bois-de-Vaux, onde estão enterradas algumas celebridades lendárias, como a estilista Coco Chanel e o idealizador das Olimpíadas modernas Pierre de Coubertin. Após uma boa noite de sono, a sexta-feira nos presenteou com um dia ensolarado e uma visão magnifica das águas transparentes do lago Genebra, ainda na cidade de Laussane. Após o almoço, seguimos para a francesíssima Genebra, palco de tratados de paz orquestrados na sede da ONU. Vida noturna, restaurantes sofisticados e lojas da Ferrari revelam uma riqueza exuberante da nata financeira dos europeus. De lá, seguimos no sábado logo cedo para as cidades de Vevey e Montreux, onde estava acontecendo o mundialmente famoso Festival de Jazz. A visão de montanhas repletas de vinhedos de um lado e os Alpes do outro dá aquela sensação de "eu morreria feliz agora mesmo". No fim do dia, e com o tempo começando a dar sinais de mudança de humor, seguimos de volta para Zurique.

A Suíça de trem e de bicicleta
Definitivamente, viajar de trem pela Suíça é uma das melhores maneiras de explorar esse país montanhoso. As paisagens são simplesmente magníficas, os trens são pontuais e freqüentes e as distâncias são bem curtas. O preço depende do bolso. Se você tiver o EuRail Pass, como no nosso caso, considere-se um sortudo: só viajamos de primeira classe, sem ter que pagar por reservas e na maior parte das vezes em trens de alta velocidade. Outra alternativa de ótimo custo-benefício é adquirir o Swiss Pass. Vale cada centavo!

Para deleite dos turistas mochileiros "low budget", a maioria das cidades suíças oferece aluguel gratuito de bicicletas. Explico: basta uma identidade (passaporte no caso de estrangeiros) e um depósito de 20 francos suíços, e você sai rodando a sua bike para explorar cada cidade. Ao devolver a bicicleta, você recebe de volta o dinheiro. Atenção: danos à bicicleta serão cobrados na devolução, portanto porte-se como um civilizado cidadão suíço faria. Encontramos o serviço em Zurique, Bern, Lausanne, Genebra e Vevey. Altamente recomendado!

DICA IMPORTANTE!
Quando você se hospeda em hotéis ou albergues na Suíça, há cidades que oferecem um passe que dá direito a utilização de todos os transportes públicos (bondes, ônibus e metrôs) durante os dias de sua estadia. Porém, você deve solicitar na recepção do hotel/albergue na hora do check-in.

domingo, 6 de julho de 2008

Máquinas que comem dinheiro

Dinheiro é uma questão muito importante na Europa. Digo, dinheiro vivo! Logo que chegamos no continente, a nossa idéia é que seria muito mais prático andarmos com um bom cartão de crédito internacional. Comprou? Passa o cartão. No fim do mês, cada despesa está ali na fatura detalhadamente. Mas não é bem assim e o uso do seu "Visa International" varia de país para país e de cidade para cidade. E o problema não é a falta de tecnologia, mas a cultura desse povo em relação ao dinheiro. Por aqui, a "plata" rola solta há muitos séculos. E uma das soluções para evitar as filas e a caríssima mão-de-obra foi espalhar máquinas de auto-atendimento por todos os lugares. Nos mais populosos, sempre há algumas máquinas (quando não todas!) que aceitam o vil plástico dos nossos cartões de crédito. No geral, total e absoluto, as máquinas querem mesmo é dinheiro, sendo que existe uma predileção por moedas. Moedas, moedas e mais moedas... No fim, as máquinas vão sempre comer seu dinheiro. E você vai ter sorte se elas derem alguma coisa em troca.

"Essa merda comeu meu dinheiro..."
Amigo, quando isso acontecer com você, a sua primeira reação será dar uma bica naquela máquina. Ainda mais quando cada centavo daquele dinheiro vale alguns centavos dos seus reaizinhos. Para tentar evitar essa cilada e tirar o melhor proveito da sua grana, aí vão algumas dicas:

1. Se você não quer perder tempo na Europa, tenha sempre dinheiro vivo, de preferência moedas, pois elas são amplamente aceitas. Não deixe para aprender essa lição quando você estiver apertado para ir num banheiro que só aceita moedas.

2. Tente sempre inserir o valor exato do produto que você está comprando. Se você só tem um valor maior, procure por alguma inscrição que diga "ESSA MÁQUINA NÃO DÁ TROCO!", em inglês ou na língua local. Não deixe para descobrir isso quando a bendita engolir todo o seu troco, algo como, por exemplo, o valor de outras duas passagens de transporte público.

3. Se há máquinas que aceitam cartão de crédito, faça a opção por utilizá-las. São funcionais e não raro oferecem interfaces bilingües (algumas chegam a ser poliglotas!). E ainda você reserva dinheiro vivo para lugares em que essas moedas serão muito mais valiosas.

4. E, claro, sempre tenha dinheiro na moeda local. Chegando no país, faça logo um saque pelo menos para as despesas mais urgentes.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Suíça: organização e mais organização

Não é a toa que os suíços são famosos pela fabricação de relógios. Tudo aqui parece sincronizado e sem muitas surpresas. Os ônibus chegam na hora (13h17, por exemplo), as pessoas atravessam somente quando o sinal está aberto e se você é cidadão suíço, terá que fazer muita besteira para conseguir passar dificuldades financeiras no país. Digamos que a Suiça é um pai rigoroso, mas cheio da grana. Sendo assim, se você procura agito, talvez a Suíça não seja o seu destino mais apropriado. A não ser que você disponha de muitos francos e esteja disposto a se arriscar e praticar esportes de inverno nos famosos alpes suíços. Para dar um exemplo, a cidade de Zurique, a maior do país, possui apenas 376.815 habitantes. Cumprindo o papel de coração financeiro da Suíça (é sede de bancos como UBS e Credit Suisse) também tornou-se uma das cidades mais caras do mundo. Se eu fosse milionária, morava na Suíça (aqui os impostos são mais baixos em relação ao resto da Europa). Mas, enquanto minha conta bancária dificilmente chega nos 7 digitos, vou me consolando com o delicioso chocolate suíço.